O silêncio responde muita coisa

Quem cala consente. Este tem sido o argumento mais verdadeiramente usado por aqueles que corroboram suas atitudes frente a um questionamento posterior a respeito delas. Atitudes estas, com boas ou más conseqüências para a comunidade como um todo, são tomadas todos os dias e todos os dias somos conclamados direta ou indiretamente a situar nossas preferências, opiniões e princípios.

Noventa por cento do estabelecido não é dogma e pode ser questionado, o fato é que em 90% das vezes nos calamos (ou comentamos apenas em grupinhos sem repercussão) quando somos indagados sobre nossa concordância.

Assim se estabelecem protocolos, regras, leis. O poder da democracia fica restrito àqueles que corajosamente se expressam sem deixar margens às dúvidas.

Sabemos que é assim que funciona, mas timidamente nos calamos e timidamente sofremos as conseqüências do firmado por mentes nem sempre sãs.

Na verdade, nosso voto sempre está estabelecido, expresso em palavras ou em silêncio.

Falar o que se pensa, mesmo que sabiamente, nem sempre nos traz bons augúrios (muitas vezes nos traz é belas maldições...), mas fortalece nosso caráter.

Ser Cristão nunca foi e nunca vai ser tarefa fácil. Ter-se-á indubitavelmente que se firmar contra ou a favor de várias idéias mundanas ou sacras. Aqui não vale o silêncio. O morno faz vomitar. A nossa palavra tem que ser sim ou não e o que passar disso do Diabo vem.

O grande segredo está na Sabedoria do sim e do não. Para ser sábio há que se estar ao lado do maior sábio e aprender com Ele o que é, enfim, Sabedoria.

Sabedoria para transformar o meio em que se vive é o que Deus espera dos seus. É o que a sociedade deveria esperar de nós Cristãos.

Dói quando seu colega se pronuncia? Dói quando ele fala o que você acha errado dizer?

Então reaja,admoeste,faça suas críticas construtivas ou,quando ao extremo do abuso,pegue o chicote e expulse as raças de víboras.

Mas não seja morno nem tolo. Você vai sofrer as conseqüências de cada palavra pronunciada, pois as palavras têm poder e, em especial, a de Deus, não volta vazia.